Jardim Botânico do Recife contribui com pesquisa para germinação de Gameleiras que serão destinadas para templos religiosos

O Jardim Botânico do Recife (JBR), equipamento ambiental ligado à Prefeitura, além de ser um espaço para contemplação da natureza, também investe em pesquisa e conservação ambiental. Recentemente, o local colaborou e foi fundamental no processo de germinação de mudas de Gameleira. Ao todo, oito mudas foram produzidas no viveiro do JBR e foram replantadas em templos religiosos, onde a espécie tem toda uma simbologia. A iniciativa é do projeto “Tempo de Iroko”,  idealizado pela artista e professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA)/USP, Dália Rosenthal, da Universidade de São Paulo.

 

Bruno Viana, analista ambiental do JBR, explica como foi o processo de germinação da espécie.  “O processo de germinação foi feito através de um planejamento baseado em projeto piloto desenvolvido pela equipe do JBR e chegou-se ao processo mais bem sucedido. Germinação na areia lavada, plantadas em bandejas no viveiro florestal e levaram entre 2 e 3 meses para germinar. Após 6 meses as mudas, que já tinham aproximadamente 80cm, foram encaminhadas para o plantio.".

 

A professora Dália Rosenthal  comenta como o projeto começou.  “A partir do incêndio que destruiu a árvore Iroko no terreiro Ilê Obá Ogunté, o Sítio de Pai Adão, aqui no Recife, iniciei o  processo de pesquisa que deu origem ao Bosque na Comunidade Quilombola Poço Dantas, da Paraíba, onde as oito mudas produzidas no JBR  foram plantadas. Nasceu ali também uma das partes mais importantes desse projeto: o cultivo e o cuidado de novas sementes por vários núcleos da sociedade durante os meses seguintes para a criação de uma construção coletiva de um sementeiro e do plantio comunitário final das árvores Iroko, ou gameleiras-brancas”, conta a professora.

 

A experiência da professora transformou-se em uma exposição que reúne um conjunto de audiovisuais formado por fotos, vídeos com a participação dos líderes espirituais do terreiro Ilê Obá Ogunté e documentos históricos. Está sendo apresentado nas galerias Massangana e Baobá, em Recife (Avenida 17 de Agosto, 2.187, bairro de Casa Forte), e também através da internet (https://www.youtube.com/watch?v=MHa2PY8NUGc). A exposição segue até o dia 26 de novembro, das 10h às

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Cais do Apolo, 222 - 7º Andar - Recife, PE, 50030-230 (8h às 12h: atendimento ao público)

 

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