A Estação Ecoturística Cais do Imperador, inaugurada no dia 21 de outubro de 2016, ocupa uma área de 598 m² às margens do Rio Capibaribe, no Centro do Recife. O equipamento público municipal, na Avenida Martins de Barros, no Bairro de Santo Antônio, conta com três espaços: terraço de contemplação do rio, arquibancada para eventos e café-bar.
Duas pequenas edificações históricas do cais utilizadas no passado como banheiro público foram restauradas e deverão abrigar um balcão de informações turísticas e um Econúcleo, estrutura da Prefeitura do Recife destinada à educação ambiental.
A obra durou um ano e foi financiada pelo mecanismo de compensação ambiental envolvendo três empresas num total de R$ 900 mil. O projeto é assinado pelos arquitetos Antônio Machado e Romero Pereira, secretário executivo de Unidades Protegidas da Secretaria de Meio Ambiente e sustentabilidade do Recife. Inclui o uso de lâmpadas LED, mais econômicas, uma estação de bombeamento e tratamento de esgoto e um telhado verde. Ocupando 170 m², a coberta do café-bar recebeu a planta ipomeia, característica de dunas costeiras.
No projeto de iluminação, foram utilizadas mais de uma centena de lâmpadas LED. Há luz valorizando a fachada das duas construções históricas. Nos degraus da arquibancada e no piso, as lâmpadas são embutidas. Elas também iluminam as árvores e muros. Uma cafeteria opera o espaço, por meio de permissão de uso onerosa, forma de utilização de bens públicos por parceiros privados. A escolha dessa modalidade ocorreu, como prevê a legislação, depois de publicados três editais de licitação. A empresa Deltaexpresso, além de pagar um valor mensal à prefeitura, se responsabiliza pela manutenção e vigilância da estação ecoturística.
Quatro painéis fixos descrevem a evolução histórica e urbanística do lugar, onde o Imperador Dom Pedro II desembarcou com a família em 1859 para uma visita de 31 dias a Pernambuco. Bilíngues, os painéis medem 1,8 m de largura por 60 cm de altura. Informam desde o processo de ocupação do largo, no século 17, até a instalação, na atual Praça 17, de monumento comemorativo à primeira travessia do Atlântico Sul, em 1922. A bela escultura é composta por um Ícaro em bronze voltado para o rio e os bustos dos aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, autores da proeza.
Anteriormente denominado de Cais do Colégio, em alusão a uma escola jesuíta existente até 1759, passou a se chamar 22 de Novembro depois da visita do imperador. A riqueza arquitetônica da Praça 17 se completa com a Igreja do Divino Espírito Santo, tombada como patrimônio nacional em 1972. À frente da estação ecoturística vê-se o Paço Alfândega e a Ponte Giratória, por onde deságuam os Rios Beberibe e Capibaribe.
Ficha da obra:
Área total: 598 m²
Área do café: 130 m²
Área externa: 468 m²
Área do telhado verde: 170 m²
Valor total: R$ 900 mil