Palmeiras nativas e exóticas têm espaço exclusivo no Jardim Botânico do Recife

Jardim das Palmeiras conta com mais de trinta unidades de espécies da família Arecaceae, que chamam atenção dos visitantes pelo seu valor ornamental

O Jardim Botânico do Recife (JBR), equipamento ligado à Prefeitura, possui diferentes jardins temáticos, dentre eles, o Jardim das Palmeiras. Esse espaço existe há oito anos e foi criado como uma exposição permanente de um grupo de palmeiras nativas e exóticas de considerável valor paisagístico. Hoje, o jardim possui 33 unidades, que representam 19 espécies da família Arecaceae, como por exemplo, a Palmeira Fênix (Phoenix roebelenii), Palmeira Triangular (Dypsis decary) e a Palmeira Garrafa (Hyophorbe lagenicaulis), todas essas ameaçadas de extinção. Dentre as espécies exóticas encontradas, existem indivíduos originários não só de países da América Latina, como da Ásia, África e Oceania.    

 

Apesar do seu valor estético, embelezar os ambientes não é a única função das palmeiras. Elas desempenham papel importante no equilíbrio da Mata Atlântica, fazendo parte da cadeia alimentar de diversos animais da fauna silvestre como aves, roedores e mamíferos. Esses animais, através da dispersão Zoocórica, atuam na distribuição das sementes das palmeiras, ajudando a perpetuar a presença da espécie no ecossistema.

 

Para que permaneça nas condições adequadas, o Jardim das Palmeiras necessita de cuidados especiais. O analista e biólogo do Jardim Botânico do Recife, William Wanderley, explica sobre como é realizada a sua manutenção. "É necessário que se faça a remoção de folhas secas e das que caem no chão e também existe uma preocupação no controle de pragas, como pulgões e lagartas de borboletas. Quando há casos de necrose, é preciso avaliar o tamanho da lesão da planta, e caso ela seja pequena, podemos então realizar uma dendrocirurgia. Nessa técnica, o tecido necrosado é removido, é feita a aplicação de um fungicida e o uso de  materiais alternativos para que a árvore se recupere totalmente” aponta o biólogo.

 

O interesse pela beleza exótica das palmeiras tem o seu espaço na história do Brasil bem antes do que se pode imaginar. Elas foram introduzidas no território brasileiro no início do século XIX por Dom João VI, logo após a sua mudança para o país. O imperador inaugurou o Jardim Botânico do Rio de Janeiro em 1809 e incentivou o plantio da espécie Roystonea oleracea, que logo foi chamada de Palma Mater, e posteriormente de Palmeira-Imperial. Mesmo não sendo uma espécie nativa, essa planta se transformou em um dos símbolos do Império Brasileiro, sendo comumente oferecida como forma de prestígio aos súditos mais leais da Coroa.

 

O Jardim das Palmeiras, bem como os demais espaços temáticos, podem ser apreciados no Jardim Botânico do Recife das terças aos domingos, das 09h às 15h. O equipamento ambiental é comprometido em seguir todos os protocolos de segurança no combate ao coronavírus. A entrada é gratuita e o uso de máscara é obrigatório.

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Cais do Apolo, 222 - 7º Andar - Recife, PE, 50030-230 (8h às 12h: atendimento ao público)

 

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