Trilha Cega na Orla de Boa Viagem e exposição de fósseis de animais aquáticos celebram o Dia Mundial dos Oceanos

No dia 8 de junho, o CAT Ambiental e o Econúcleo Jaqueira terão atividades gratuitas para a conscientização sobre descarte correto do lixo, a importância da vida marinha e dos oceanos para o planeta Terra

 

Para celebrar o Dia Mundial dos Oceanos, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, montou uma programação de educação ambiental dedicada à conscientização para minimizar o impacto que as atividades humanas estão provocando nos oceanos.

Durante todo o Dia Mundial dos Oceanos, 8 de junho, o CAT Ambiental, equipamento de educação ambiental da SMAS localizado no Segundo Jardim da Orla de Boa Viagem, terá programação dedicada à conscientização do descarte correto do lixo e atividades que exploram a importância da vida marinha e o impacto ambiental na sociedade. Uma exposição de fósseis de animais aquáticos ficará instalada na área externa do CAT Ambiental sob o comando de alunos dos cursos de graduação em Ciências Biológicas e pós-graduação em Biologia Marinha da Faculdade Franssineti do Recife (Fafire). Sob a orientação da professora do curso de graduação e coordenadora da pós-graduação em Biologia Marinha, Danise Alves, os estudantes vão falar sobre as características de diversas espécies marinhas. O litoral de Pernambuco, incluindo Recife, apresenta ecossistemas costeiros altamente produtivos, como coqueirais remanescentes de Mata Atlântica, restingas, recifes de coral, ilhas e estuários com extensos manguezais. Para a proteção da biodiversidade de Recife é essencial, através da educação ambiental, o conhecimento sobre os diversos ecossistemas e as ações humanas que causam a intensa degradação dos seus habitats.

 

Pela primeira vez, a Trilha Cega sai do Econúcleo Jaqueira e do Jardim Botânico do Recife para a Orla de Boa Viagem. Às 10h30 e às 14h40, a arte-educadora da SMAS, Silvana Coutinho, convidará os participantes para uma caminhada de olhos vendados e pés descalços pela estrutura do CAT Ambiental, seguindo para a areia, mar e vegetação da praia. “O objetivo é tratar a relação do sujeito urbano com o meio ambiente, provocando a reflexão das pessoas sobre as suas relações com o meio em que vivem. Durante o percurso, elas vão sentir o contato com os resíduos sólidos que estarão na areia e poderão aguçar os cinco sentidos ao tocar na vegetação e sentir o mar”, explica Silvana.

 

No Econúcleo do Parque da Jaqueira, a criançada poderá participar da Oficina de histórias em quadrinhos, às 10h30, com criação de personagens relacionados ao oceano, ministrada pela arte-educadora Flávia Gomes, explorando a criatividade e imaginário lúdico. “O intuito é resgatar os principais cuidados e curiosidades sobre o oceano, conhecendo as espécies que habitam o fundo do mar e as espécies que encontramos na costa de Pernambuco”, explica Flávia.

Às 14h, haverá contação da história A gota d’água, manuseando objetos e ilustrações e abordando os percursos, a biodiversidade dos rios de Recife e o percurso da água encanada. O objetivo é promover reflexões sobre a necessidade urgente de controlar o consumo de água e diminuir a poluição.

 

A história é sobre o caminho de uma gotinha de água da chuva que caía dentro do Rio Beberibe e sonhava em conhecer o Rio Capibaribe. Em seu caminho ela passa por vários lugares diferentes, escorre pela rua, passa pelo rio Beberibe, passa pelo encanamento, vai parar em um aquário, onde encontra um peixe, é jogada na descarga, passa pelo esgoto e no fim, pelo Rio Capibaribe. A gotinha de água encontra em seu caminho, pessoas que desperdiçam, animais que sofrem com a poluição e muito resíduo.

 

Oceanos terão mais plástico do que peixes até 2050 - Cerca de 8 milhões de toneladas de plásticos entram nos mares anualmente, segundo dados divulgados pela WWF Brasil, organização da sociedade civil brasileira, de natureza não-governamental e constituída como associação civil sem fins lucrativos.

 

Ainda foi constatado que, até 2050, teremos mais plásticos que peixes nos oceanos e a poluição marinha é um problema transfronteiriço que todos os países compartilham. Objetos plásticos viajam nas correntes oceânicas, colocando em risco ecossistemas e vida selvagem. “É importante destacar que os ecossistemas costeiros e marinhos exercem funções básicas, como abrigo para milhares de espécies marinhas, absorção de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, fundamental na mitigação das mudanças climáticas globais, entre tantas outras”, explica o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho.

 

Confira as atividades voltadas ao Dia Mundial do Oceano:

 

CAT Ambiental (Segundo Jardim, Orla de Boa Viagem)

10h30 - Trilha Cega

14h - Histórias Cantaroladas

14h40 - Trilha Cega

Observação: Durante todo o dia haverá exposição de fósseis de animais aquáticos na área externa do CAT Ambiental em parceria com a FAFIRE

 

Econúcleo Jaqueira (Parque da Jaqueira -  R. do Futuro, 959)

10h30 - Oficina de Histórias em Quadrinhos com Flávia Gomes

 

14h -  Contação de histórias A gota d’água

CURIOSIDADES

A seguir estão descritos os principais grupos representativos da biodiversidade

marinha de Recife:

MAMÍFEROS AQUÁTICOS

Cachalote (Physeter macrocephalus)

Boto-cinza (Sotalia guianensis)

Golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis)

Golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus)

Peixe-boi marinho (Trichechus manatus)

 

ELASMOBR NQUIOS (TUBARÕES E RAIAS)

Raia-chita ou raia-pintada (Aetobatus narinari)

Raia-prego (Dasyatis americana)

Raia-manteiga (Dasyatis centroura)

Raia-fogo (Dasyatis marianae)

Tubarão-lixa (Ginglymostoma cirratum)

Tubarão-cabeça-chata (Carcharhinus leucas)

Tubarão-martelo (Sphyrna lewini)

Tubarão-flamengo (Carcharhinus acronotus)

Tubarão-galha-preta (Carcharhinus limbatus)

Tubarão-sucuri (Carcharhinus plumbeus)

Tubarão-azeiteiro (Carcharhinus porosus)

Tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier)

 

ICTIOFAUNA (PEIXES)

Dentre as principais espécies que encontramos nas poças de marés de Recife, estão as descritas na tabela abaixo:

Haemulidae

Anisotremus surinamensis

Anisotremus virginicus

Haemulon aurolineatum

Haemulon parra

Acanthuridae

Acanthurus bahianus

Acanthurus chirurgus

Acanthurus coeruleus

Pomacentridae

Abudefduf saxatilis

Stegastes fuscus

Stegastes variabilis

Pomacanthidae

Holacanthus ciliaris

Pomacanthus paru

Lutjanidae

Lutjanus alexandrei

Lutjanus jocu

Blenniidae

Scartella cristata

Apogonidae

Apogon americanus

Gobiidae

Coryphopterus glaucofraenum

Gerreidae

Eucinostomus melanopterus

Muraenidae

Gymnothorax funebris

Holocentridae

Holocentrus adscensionis

Labrisomidae

Labrisomus nuchipinnis

Pempheridae

Pempheris schomburgkii

Scaridae

Sparisoma axillari

Tetraodontidae

Sphoeroides greeleyi

 

TARTARUGAS MARINHAS

Tartaruga-verde (Chelonia mydas)

Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata)

Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta)

 

RECIFES DE CORAL

As espécies de corais do Brasil apresentam uma baixa diversidade, embora com alto endemismo (total de cinco espécies). Tais animais atuam como bioconstrutores de recifes, ocorrendo desde a foz do rio Amazonas até Santa Catarina. Para Pernambuco, encontram-se três espécies brasileiras endêmicas (Mussismilia hispida, Mussismilia harttii e Siderastrea stellata), além daquelas de ampla distribuição (Favia gravida, Siderastrea spp., Porites astreoides, P. branneri, Agaricia agaricites, A. fragilis, Montastraea cavernosa e Madracis decactis).

 

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Cais do Apolo, 222 - 7º Andar - Recife, PE, 50030-230 (8h às 12h: atendimento ao público)

 

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